segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Crianças

Amo crianças! E não é por uma única razão, e sim, por inúmeros fatores. Talvez, porque são autênticas, não fazem média conosco, gostam ou não. Além disso, são alegres, esperançosas, sensíveis, carinhosas... Ser criança é tão importante, que podemos (ou devemos) retornar a esse estágio em diversas situações, mesmo depois que as barbas crescem e as rugas surgem. Lembro, claramente, do meu pai dizendo: Você tem sangue doce pra criança. Quando adolescente, andava com uma renca de meninos pra cima e pra baixo. Já em outros momentos, demonstrava certa habilidade para lidar com crianças de colo. É bem provável, que através desse convívio com os pequeninos, tenha encontrado o meu jeito de não deixar de ser criança. O que me leva a acreditar que a criança de outrora, não nos abandona. O que não significa que não será abandonada, por nós mesmos, numa esquina qualquer. Cada um é responsável pela sua própria criança, inclusive a interior.

"As crianças que moram em nós são eternas. Não envelhecem. Tal como acontece nos gibis. (...) Assim, a gente vai ficando velho por fora, as linhas do rosto marcando a verticalidade. Mas é só a criança acordar para que o rosto velho se ponha a brincar ..."
/Rubem Alves/

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