segunda-feira, 15 de junho de 2015

Eterno desconhecido

"Só eu sei quem sou. Os outros me imaginam.", era o que estava escrito na mensagem postada em uma famosa rede social. O pensamento, se assim posso dizer, faz bastante sentido. Todavia, não sei se é totalmente verdadeiro. Por vezes, não sabemos o que somos, olhamos no "espelho" e temos dificuldade em reconhecer o que vemos. Tudo o que deveria parecer comum soa estranho aos nossos sentidos. A comida predileta não agrada o paladar. A música favorita não nos permite viajar. O canto dos pássaros perde o encanto. Todas as nossas certezas, por um instante, parecem não ter mais significado. E de repente, percebemos que não nos conhecemos tão bem assim. É estranho, isso, quando não é assustador. Você não é você, mesmo tendo a certeza que é você. Eu sei, é confuso! Todavia, parece inevitável, as dúvidas fazem parte do processo de conhecimento. Afinal, se viver é uma constante descoberta, não seríamos nós (seres que mal se reconhecem), exceção a regra.

"Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto"
/O teatro dos vampiros - Legião Urbana/

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Fruto bichado

Dizem que o fruto não cai longe do pé. Assim sendo, imagine uma criança que acabou de aprender a engatinhar. Podemos esperar que dentro de instantes ela esteja correndo? Obviamente, não! Partindo desse exemplo, é possível compreender porque não devemos esperar educação de quem não a recebeu. Como cobrar gentileza, respeito, lealdade de quem desconhece o sentido dessas palavras? Enfim, às vezes, quem parece ser o "algoz", é também a vítima. Logo, não merecem o nosso desprezo, e sim, a nossa compaixão, mesmo que isso signifique permanecer em silêncio.

"De onde menos se espera
Dali mesmo é que não vem"
/Além da máscara - Pouca Vogal/

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