terça-feira, 28 de outubro de 2014

Escrever...


Comecei a escrever de forma despretensiosa. E, sinceramente, nunca imaginei que levaria isso tão a sério. Hoje, é mais do que um hábito, é uma necessidade. Estou sempre pensando em escrever. Algumas vezes, é algo simples, em questão de minutos sei o que "preciso" escrever. Porém, pode demorar horas, às vezes, dias até que eu conclua uma ideia. Não tenho regras, parâmetros, diretrizes. E prefiro que assim seja, gosto do natural, do espontâneo. 

E dessa forma, as ideias vão surgindo. Pode vir de uma canção, imagem, conversa. Por vezes, surgem de uma sensação, experiência, desejo. Do inesperado, do mistério, do silêncio. As ideias, simplesmente, aparecem. E quando sou capaz, trato de dar algum formato a elas. Escrevo sobre o que vivo, vejo, penso. Algumas coisas devem ficar claras, outras nem tanto.

Talvez, o mais legal de escrever, seja saber que alguém (sabe lá onde, quando, como, por qual razão) irá se identificar com o seu texto. Que uma infinidade de sensações, podem brotar de algo que por um instante poderia ter sido sufocado, omitido, suprimido. E alguém entende o que tento dizer, mesmo, podendo não saber exatamente o que sinto.

Na verdade, não tenho total noção do alcance das minhas palavras, gestos, atitudes. Logo, não sei o que as pessoas esperam dos textos que escrevo. Todavia, tenho a esperança, de que sejam alcançadas. Afinal, quando escrevo, as palavras deixam de ser apenas minhas. Elas passam a ser de todos aqueles que estão dispostos a aceitá-las.

"Tem gente que escreve por ego, ou só para fazer firula. 
O meu texto é simples, sincero, é tinta que sai da medula. 
Eu chuto as palavras pra fora e elas que vem me buscar, num jogo de bola e gandula."
[Linhas tortas - Gabriel, o Pensador]

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

One second


Muitas coisas acontecem num segundo
Pessoas nascem, pessoas morrem.
Um adulto está chorando, uma criança irá sorrir.
O sentimento termina, o amor acontece.
Surge a ideia genial, fazemos a pior escolha.
Sim, tudo em um segundo.
O pouco, muitas vezes, é muito.
O tudo e o nada acontecem ao piscar dos olhos.

"E cada segundo, cada momento, cada instante
É quase eterno, passa devagar"
[Cuide bem do seu amor - Os Paralamas do Sucesso]

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Na casa ao lado


A alegria é contagiosa.
Não consigo dizer o mesmo da dor.
Quando profunda, transborda, e nem sempre escorre pelos olhos.
Sem ter por onde escoar, simplesmente, petrifica.
Da mesma forma, inunda, afogando a alma num imenso e gélido mar.

"Onde dói", diria o doutor?
Não sei! A dor nem sempre é minha, muitas vezes é do próximo.
E de "tão próximo", não sentimos a dor, mas sofremos juntos.
Olhamos, escutamos, silenciamos.
Não acaba com a dor, mas, quem sabe não serve de anestesia.

"Na dor, o amor e o sofrimento convergem"
[Philip Yancey]

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Fantasmas


Sim, fantasmas existem.
No fundo, todo mundo sabe disso.
Memórias, incertezas, cobranças, medos.
E do "nada" eles surgem.
Na mesma velocidade que podem desaparecer.
E não é preciso escuro ou solidão para sermos assombrados.
Tampouco remédio ou vacina irá detê-los.
Na verdade, só existe uma forma de aniquilá-los.
E a solução, cada um traz (ainda que não saiba) consigo.
Afinal, cada um é responsável pelos os seus próprios fantasmas.

"Os monstros existem. Os fantasmas também. 
Eles vivem dentro de nós, e às vezes, eles ganham"
[Stephen King]
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