quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Confidencial


Existem coisas que nunca serão ditas ou reveladas.
O quadro que encanta e/ou intriga o mundo é um bom exemplo disso.
Quem foi Mona Lisa? Nunca saberemos quem foi a “musa” de Leonardo da Vinci.
Como jamais teremos o conhecimento de coisas que só você sabe, sente, pensa...
Coisas que por falta de coragem ou simplesmente prudência serão omitidas.
E assim a vida segue, sem sabermos se tudo seria melhor ou pior.
O que não deixa de ser um "empate" justo.

"O que sinto muitas vezes faz sentido
E outras vezes não descubro o motivo
Que me explica porque é que não consigo ver sentido
No que sinto, o que procuro, o que desejo e o que faz parte do meu mundo"
[Legião Urbana]

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

"Alívio imediato"


Choveu.
E por um instante, foi embora toda preocupação, angústia, medo...
A chuva não carregou tudo que não é bom.
Mas vale acreditar, que ao menos, "diluiu" o que não é bem-vindo.

"Que a chuva caia como uma luva, um dilúvio, um delírio
Que a chuva traga, alívio imediato"
[Alívio imediato - Engenheiros do Hawaii]

A arte de surpreender


Já faz um tempo que penso em falar sobre esse assunto no blog. Porém, assim como dezenas de outros pensamentos que nem sempre tenho habilidade para transcrever, fui “deixando” para outro momento. Resumindo, tenho vontade de falar sobre muitas coisas, mas nem sempre é fácil!

E como a ideia surge muitas vezes quando menos espero, estava assistindo ao jogo dessa tarde, e de repente, os 22 homens correndo atrás da bola passaram a ter menos importância. Assistindo a surpreendente vitória do Milan sobre o Barcelona (do genial Messi), “confirmei” a teoria de que muitas vezes o previsível não se concretiza.

O Barcelona é o grande time da atualidade (quase impossível de ser vencido), razão pela qual muitos acreditavam em uma vitória esmagadora sobre o Milan, um time que também tem muita tradição, mas não apresenta grandes resultados nos últimos anos. No entanto,  jogo é decidido dentro de campo. E no fim da partida, o placar mostrava: Milan 2 x 0 Barcelona. 

O que o jogo tem a ver com o texto? Tudo! É a arte de surpreender... é assim no jogo e na vida! Quem apostaria um “tostão” na vitória do Milan? Poucos. E na vida não é diferente, muitas vezes somos tidos como um "time" inferior, que aos olhos dos outros não valem muita coisa, não pode ir muito longe.

Não é a minha intenção dizer que devemos provar alguma coisa aos outros. Longe disso, acho que devemos procurar ser o melhor que podemos, independente de competição pessoal. Afinal, alcançar os nossos objetivos, deve servir para nossa satisfação e não para exibicionismo ou para dar o “troco” a alguém. 

Entretanto, muitas vezes somos desafiados, provocados, preteridos, alguns até humilhados. Muitas pessoas já escutaram afirmações no mínimo cruéis como: “Você não é capaz”; “Desista, você não irá conseguir” ou “Ele não tem condições de concluir essa tarefa”. Ironicamente, algumas pessoas sentem prazer com o sofrimento alheio.

A verdade é que as pessoas são diferentes, e consequentemente possuem interesses distintos. Alguns fáceis de serem alcançados, outros nem tanto. Lembrando que algumas metas, talvez nem sejam alcançadas, o que não torna uma pessoa melhor ou pior que a outra. Eu gostaria muito de poder voar e até o presente momento não aprendi. Será que sou incompetente?

Continuo acreditando que surpreender é uma ótima sensação. É sempre motivador conquistar algo que parecia impossível. E não apenas para o “vencedor”, mas também para todos aqueles que acreditaram e torceram por você. Afinal, se muitas vezes existe um “espírito de porco” torcendo para tropeçarmos, sempre haverá um braço amigo, disposto a nos ajudar a levantar e seguir em frente.

"Quem me vê sempre parado,
Distante garante que eu não sei sambar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu tô só vendo, sabendo,
Sentindo, escutando e não posso falar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

E quem me ofende, humilhando, pisando,
Pensando que eu vou aturar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

E quem me vê apanhando da vida,
Duvida que eu vá revidar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar"
[Quando o carnaval chegar - Chico Buarque]

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Não pode apagar...


Expectativa não é nada mais que uma forma de esperança.
De acreditar que o imaginário (ou incerto) pode se tornar real.
E quando já fizemos a nossa parte, nos resta esperar.
Afinal, esperança é como vela, um “restinho” pode ser o suficiente.

"Não é tempo de dizer adeus
A Deus pertence todo o tempo 
Sempre que quiser dizer adeus 
A Deus entregue seu sofrimento" 
[A Deus - Oficina G3]

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Vendem-se ideias

Imagem: projetual.com.br

Quem não gostaria de ser o seu próprio patrão? Era a pergunta que dia após dia, Edward se fazia. Já faz um tempo que muitas pessoas têm pensado em ter seu próprio negócio. E Ed (para os íntimos), também acreditava ser uma boa iniciativa, um bom caminho a seguir. E pensando em algo bacana, útil, revolucionário... foram surgindo ideias, uma atrás da outra. Boas parcerias, expectativas, soluções...

Só havia um problema, colocar em prática! E foi assim, que nosso amigo descobriu que o problema não são ter as ideias, mas a maneira de fazer com que elas deixem de “brilhar” apenas na imaginação. Afinal, não é fácil lucrar, sem ter como investir. Percebeu que era bom em ter ideias (o que não significa que fossem boas), ainda que obstáculos da logística implicassem em problemas para executá-las.

Mesmo relutante, aceitou que seu negócio havia fracassado, antes mesmo de iniciar. E quando tudo parecia perdido, de uma conversa despretensiosa uma nova ideia surgiu, e percebeu que a solução sempre esteve ali, tão clara! Vender ideias, esse era o serviço que podia oferecer. Algo sem muito esforço e grandes investimentos, mais do que o desejado para um iniciante no mundo dos negócios.

E sem pensar muito, deu início a suas atividades, sempre deixando bem claro: "Cobro pela ideia... a execução, fica por conta do cliente".

"Ideias ousadas são como as peças de xadrez que se movem para a frente; 
podem ser comidas, mas podem começar um jogo vitorioso"
[Johann Goethe]

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O muro vai cair!

Imagem: Ana Cecilia Brignol

A cada dia que passa o mundo se torna ainda mais “frenético”. Tudo é muito rápido, as informações são literalmente compartilhadas em frações de segundos e o conhecimento não é mais  restrito como em outros tempos. Curiosamente conhecemos gente do outro lado do mundo, enquanto mal sabemos quem são nossos vizinhos. 

A verdade é que tanto avanço custa caro! E não estou falando de números, dinheiro, valores... e sim de escolhas, decisões, posicionamentos. Durante muito tempo pensamos em como facilitar, agilizar, organizar, intensificar... e nos esquecemos de que escolhas geram consequências. Em muitos casos, deixamos as escolhas para depois, pensando que esse momento nunca iria chegar. O problema é que chegou!

Acredito que cada vez mais o tão clichê “em cima de muro” irá ficar démodé. Não há mais tempo para fazer média ou colocar panos quentes, quando estamos diante da escolha entre: direita ou esquerda, amarelo ou vermelho, A ou B. Quem nunca ficou em cima do muro? Imagino que todo mundo já tenha ficado em alguma circunstância. A questão é que se “um hábito não é uma necessidade”, um ato esporádico não precisa ser algo constante.

Quem adora o conforto (se é que isso é possível) de repousar sobre um “muro”, talvez não perceba que leva pancada dos dois lados. Talvez, querendo agradar a todos, os "escaladores de muro" não consigam agradar a ninguém, perdendo uma boa oportunidade de desenvolver um precioso senso crítico. Não é fácil se posicionar em certas situações, eu sei disso, muitos devem saber. Por sinal, muitos pagaram com a própria vida por se posicionar, por defender seus ideais, ao invés de ceder a uma zona de conforto que se não oferecia o desejado, também não lhes causava mal algum.

Sigo buscando aprender um pouco mais, através das vivências de pessoas como Nelson Mandela, Martin Luther King, Dietrich Bonhoeffer. Prefiro continuar nessa luta constante, evitando subir em um muro que pode proporcionar muito mais do que uma perna quebrada. Além do mais, se até o Muro de Berlim caiu, não será esse que irá ficar levantado por todo o tempo. Qualquer dia desses o muro cai, e de uma forma ou de outra, quem estiver em cima dele vai sobrar.

"Tchê, de que lado tu estás? 
Ninguém pode agradar os dois lados 
Hey, it's time to make a choice 
We all want to hear your voice (it's true) 
Faça a sua aposta, tome a sua decisão"
[Vícios de linguagem - Engenheiros do Hawaii]

domingo, 10 de fevereiro de 2013

...


Já falei em outras ocasiões sobre o silêncio, ainda que fosse de forma indireta.
Escrevi sobre como existem momentos em que “ele”, o silêncio, reina.
E mencionei sobre como é complicado buscar respostas e nada escutar.

Hoje é diferente, o texto é sobre outra forma de silêncio.
E existe outro tipo de silêncio? Sim. O nosso silêncio!
O instante em que entendemos que “o silêncio também fala”.
Quando compreendemos que às vezes o melhor a se dizer... é não dizer nada!

Não é fácil! Afinal, parece que não fomos "educados" para o silêncio.
A ausência de som talvez amedronte, incomode ou apenas confunda.
E pra ser sincero, nem sempre sabemos o momento certo de falar ou silenciar.

Falamos quando devíamos nos calar.
Nos omitimos quando verbalizar é essencial.
Na verdade, o nosso silêncio diz muita coisa.
E quem "escuta" o nosso silêncio. Compreende o seu significado?

O nosso silêncio é... dor, alegria, medo, força.
Ele é o tempo, a resposta e a pergunta.
É parte de uma sinfonia, que nem todos conseguem interpretar.

"Eu tenho fé na força do silêncio"
[A força do silêncio - Cidadão Quem]

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Questionar é importante, agir é fundamental!


O brasileiro já se “acostumou” com a corrupção. O “pavio” da grande maioria de curto não tem nada, pelo menos quando o assunto é política. O cidadão se revolta se a internet cai constantemente ao longo de um dia, se a cerveja não é servida estupidamente gelada ou se o time dele não ganha do grande rival. Contudo, quando o assunto é política, a coisa é bem diferente!

Por essa razão, confesso ficar surpreso com o abaixo-assinado (on line) que solicita o impeachment de Renan Calheiros da presidência do Senado. Surpreso? Sim! Afinal, raramente o povo brasileiro faz uso das mídias para causas de real importância. Se a questão é definir o vencedor do BBB, o nome do mascote da Copa, a próxima novela a ser reprisada... a votação certamente é massiva, e logo milhões de votos serão computados  para definir algo sem grande importância.

O abaixo-assinado já passa de 1 milhão de assinaturas. O que não representa "muito", quando comparado aos milhões de votos que vão decidir qual dos “heróis” do BBB irá se tornar o próximo milionário.  Porém, não deixa de ser uma demonstração de indignação. Ou mesmo, um motivo para acreditar que um dia, talvez o povo compreenda o que é prioridade. Afinal, não podemos perder a esperança, uma das poucas coisas que ainda não conseguiram nos tirar.

Já assinou o abaixo-assinado? Questionar é importante, agir é fundamental!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Segue o jogo!


Às vezes tenho a impressão que existem momentos na vida, em que por mais que você faça tudo corretamente, o resultado não será o desejado. Por quê?

Eu não sei! Talvez, fosse bom saber a razão. Entretanto, é possível que seja “algo” muito além da nossa compreensão, não fazendo muito sentindo “encontrar” a resposta.

Quem sabe não faz parte do “jogo”? Então, vamos continuar jogando, tentando, lutando. Afinal, cedo ou tarde, temos que virar de um jeito ou de outro o placar. 

E como diria Milton Leite: “Segue o jogo!”

"Como é bom tentar o mais difícil
E conseguir logo pra te dizer:
- Agora sei que é possível"
[Como se fosse criança - Aliados]

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Dias...


Existem dias e dias.
Dias que não passam.
Dias que não chegam.

Existem dias e dias.
Dias que marcam.
Dias sem graça.

Existem dias e dias.
Dias para mudar.
Dias para acreditar.

“Os dias que eu me vejo só
São dias que eu me encontro mais
E mesmo assim eu sei tão bem
Existe alguém pra me libertar” 
[Rodrigo Amarante] 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Os dois lados da moeda


A atual seca no Nordeste já é considerada a pior dos últimos 30 anos. “Ironicamente”, Rio de Janeiro e São Paulo sofrem com as chuvas, e consequentemente com os deslizamentos e enchentes. Os dois problemas são previsíveis, todos sabemos que o verão castiga as duas regiões, seja pela chuva ou ausência dela. Logo, a situação poderia ser ao menos amenizada, o que na realidade não ocorre. 

Do outro “lado da moeda”, podemos observar estádios teoricamente de primeiro mundo praticamente prontos para a tão "desejada" Copa do Mundo. Aproximadamente 7 bilhões de reais foram investidos para construção e reforma dos 12 estádios que irão sediar o evento. Você tem noção desse valor? Eu tenho dificuldade de imaginar o que poderia fazer com essa grana, mas sei que 97% desse dinheiro saiu dos cofres públicos. Ou seja, do nosso bolso! E se metade desse valor você utilizado para evitar ou minimizar os danos causados direta ou indiretamente pela chuva e/ou seca?

Não sou contra entretenimento, lazer, diversão... muito pelo contrário. Contudo, sou a favor de educação, saúde e um mínimo de dignidade para o povo. Não acho que o "Brasil - Um país de todos" tenha condições de sediar uma Copa do Mundo. Já deixei minha opinião a respeito disso em outros posts ("Infância perdida ou roubada?" e "Sobrou para o tatu-bola!"). Sendo assim, não vou bater novamente na mesma "tecla", uma vez que não diria nada de novo.

Minha intenção nem era falar de Copa do Mundo. Se eu não me policiar, o blog passa a se chamar Codificando Ideias Contra a Copa. E olha que gosto de futebol, como alguns já devem ter notado. Na verdade, queria "alertar" para o risco de se assistir a três telejornais no mesmo dia. Não faça isso! Vai correr o risco de ficar de mal humor em pleno o fim de semana.

Quem já leu outros posts, já deve ter percebido que às vezes finalizo com alguma ironia ou provocação. A verdade é que quando penso seriamente nas duas realidades (os que vivem x os que sobrevivem) que temos em nosso país, tem sido cada vez mais difícil achar graça. Gosto do meu país, da sua beleza, do seu povo... e sei que não há um lugar perfeito, não nesse mundo. Ainda assim, tem horas que a vontade é de partir para um lugar longe disso tudo. Ou pelo menos nunca mais ler/assistir o jornal.

Hoje não tem charge, não tem ironia, não tem gracinha. 
E amanhã? Amanhã é outro dia!

“Tem assuntos que não são para rir. Tem assuntos que são para chorar”
[Fabrício Carpinejar]
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